segunda-feira, 17 de maio de 2010

Terapia de Casal


'Não tenho vocação para esse papel.
Competir com as pururucas do Leblon é uma coisa.
Eu até me garanto.
Mas competir com a mãe é muita neurose!
Assim fica difícil, doutora!
(...)Os homens não querem uma mulher,
querem uma babá.
(...)É isso que vc quer, Carlinho?
Não sou sua babá, entendeu?
(...)Até as babás saem do sério, sabia?
(...)vou te punir, Carlinho.Vc vai ver!
(...)Como pra que, doutora?
Vou punir pra que ele volte a ser o que era.
(...)Quero que ele volte a ser romântico,
que mande flores,
que pergunte pelo meu dia.
Quero que repare no meu cabelo, na minha pele,
nas horas que gastei no salão,
dermatologista, na drenagem linfática.
Quero que seja meu.
Quero que diga:
Olga, meu amor, quanta saudade!
É pedir muito, doutora?
Fala sério:estou querendo alguma coisa demais?
Não é prepotência ,nem fantasia.
Tenho o pé no chão, sou realista.
Estou ligeiramente atormentada, é verdade.
Mas nada grave.
O que peço é muito simples:
quero de volta o que já tive.
Quero que o Carlinho volte a ser o que era.
Claro que sei, doutora.
Ele era perfeito, só isso.'

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