quinta-feira, 27 de setembro de 2007

O medo é interessante.
Tem algo dentro, forte que motiva as pessoas.
Ninguém quer ser assim, tão cruel.
Ninguém quer fugir, fingir ou mudar.
Não é por fazer mal,
todo mundo merece uma chance.

Tanto Amar

Amo tanto e de tanto amar
Acho que ela é bonita
Tem um olho sempre a boiar
E outro que agita

Tem um olho que não está
Meus olhares evita
E outro olho a me arregalar
Sua pepita

A metade do seu olhar
Está chamando pra luta, aflita
E metade quer madrugar
Na bodeguita

Se seus olhos eu for cantar
Um seu olho me atura
E outro olho vai desmanchar
Toda a pintura

Ela pode rodopiar
E mudar de figura
A paloma do seu mirar
Virar miúra

É na soma do seu olhar
Que eu vou me conhecer inteiro
Se nasci pra enfrentar o mar
Ou faroleiro

Amo tanto e de tanto amar
Acho que ela acredita
Tem um olha a pestanejar
E outro me fita

Suas pernas vão me enroscar
Num balé esquisito
Seus dois olhos vão se encontrar
No infinito

Amo tanto e de tanto amar
Em Manágua temos um chico
Já pensamos em nos casar
Em Porto Rico


(Chico Buarque)

Decifrando as escolhas...

Não ter tudo ao mesmo tempo agora!

Inquietação

Ai que saudade da inquietação, que me faz pensar, escrever, pintar, correr, dançar, chorar e cair.
Essa inquietação assim lasciva que me deixa com vontade de beijar, transar, e seduzir.
Inquietação pueril que faz brincar, dançar, rir e dizer besteiras sem motivos.
Eu gosto da inquietação, mas ela não valeria nada se não resultasse na busca da minha quietude.
Por que essa sensação, que tao bem me faz, me impele pra calmaria? Por que essa tempestade é tão fugidia?
Meu interesse pelas coisas fugidias, eu nem sei mais que fiz deles.
Minha queda, tua queda, nossas quedas, todos nós caídos no chão em estado lamentável!
De certa forma nos serviu tanto para nunca entender e ao mesmo tempo sentir tao bem a fugacidade das coisas, das pessoas, da vida, dos sentimentos, das impressões, de você, de mim, de nós, de algo que nunca tive e quem sabe perderei.
Não quero perder, não queremos perder nada nunca.
Impossível, mas não interessa.
Mudando então, não quero perder nada que precise perder, que dependa de mim.
Sou cheia de desejos e fraquezas, cheia de muitos desejos e muitas fraquezas, muitas habilidades e debilidades.
Cheia de tudo, tão cheia de tudo...
Querendo cada vez mais crer na possibilidade da simplicidade, do acaso, do movimento, da ternura, do amor.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

É absurdo dividir as pessoas em boas ou más.
Ou elas são interessantes ou são chatas.
(Oscar Wilde)

Todo dia...

Todo dia morre um amor.
Quase nunca percebemos, mas todos os dias morre um amor.
Às vezes de forma lenta e gradativa, quase indolor, após anos e anos de rotina. Às vezes melodramaticamente, como nas piores novelas mexicanas, com direito a bate-bocas vexaminosos, capazes de acordar o mais surdo dos vizinhos.
Morre em uma cama de motel ou em frente à televisão de domingo.
Morre sem beijo antes de dormir, sem mãos dadas, sem olhares compreensivos, com gosto de lágrima nos lábios.
Morre depois de telefonemas cada vez mais espaçados, cartas cada vez mais concisas, beijos que esfriam aos poucos.
Morre da mais completa e letal inanição.Todo dia morre um amor.
Às vezes com uma explosão, quase sempre com um suspiro.
Todo dia morre um amor, embora nós, românticos mais na teoria que na prática, relutemos em admitir.
Porque nada é mais dolorido do que a constatação de um fracasso.
De saber que, mais uma vez, um amor morreu.
Porque, por mais que não queiramos aprender, a vida sempre nos ensina alguma coisa.
E esta é a lição: amores morrem.
Todos os dias um amor é assassinado. Com a adaga do tédio, a cicuta da indiferença, a força do escárnio, a metralhadora da traição. A sacola de presentes devolvidos, os ponteiros tiquetaqueando no relógio, o silêncio insuportável depois de uma discussão: todo crime deixa evidências.
Todos nós fomos assassinos um dia.
Existem os amores que clamam por um tiro de misericórdia: corcéis feridos.
Existem os amores-zumbis, aqueles que se recusam a admitir que morreram. São capazes de perdurar anos, mortos-vivos sobre a Terra teimando em resistir à base de camas separadas, beijos burocráticos, sexo sem tesão.
Existem, os amores-fênix. Aqueles que, apesar da luta diária pela sobrevivência, dos preconceitos da sociedade, das contas a pagar, da paixão que escasseia com o decorrer dos anos, da mesa-redonda no final de domingo, das calcinhas penduradas no chuveiro, das toalhas molhadas sobre a cama e das brigas que não levam a nada, ressuscitam das cinzas a cada fim de dia e perduram: teimosos, belos, cegos e intensos.
Mas estes são raríssimos e há quem duvide de sua existência.
Alguns os chamam de amores-unicórnio, porque são de uma beleza tão pura e rara que jamais poderiam ter existido, a não ser como lendas.
E é esse amor que eu quero com você, PARA SEMPRE!!!

Ser ou não ser...

Eu não tenho uma idéia muito clara de quem eu sou mas eu sei exatamente quem EU NÃO SOU.
Não prometo e muito menos me comprometo, não alimento esperança,não faço tipo,não bato cartão, não conto historia feliz, não faço rima, não coleciono momentos perdidos, não sou fácil, não sou hipócrita, não caio em armadilha, não desperto ódio, não faço guerra,não fecho os olhos,não me decepciono porque não crio expectativas,não guardo segredos,não alimento inveja, não torço para o Flamengo, não ando na moda, não assisto novela das oito, não acordo tarde, não fico em fila, não sou infiel,meu sorriso nunca é em vão...
Não sou uma brisa passageira.

(D´Salto Alto)

terça-feira, 18 de setembro de 2007

O amor não é grande nem pequeno.
É simplesmente o amor.
Não se pode medir um sentimento
como se mede uma estrada.
Se você tentar medi-lo,
estará enxergando apenas o seu reflexo,
como o da Lua em um lago numa noite clara:
não estará percorrendo seu verdadeiro caminho!

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Do Muito & Do Pouco

Se em terra de cego quem tem um olho é rei imagine quem
tem os dois
Se em terra de cego quem tem um olho é rei imagine
quem tem os dois...


É muito quadro pra uma parede
É muita tinta pra um só pincel
É pouca água pra muita sede
Muita cabeça pra um só chapéu
Muita cachaça pra pouco leite
Muito deleite pra pouca dor
É muito feio pra ser enfeite
Muito defeito pra ser amor
É muita rede pra pouco peixe
Muito veneno pra se matar
Muitos pedidos pra que se deixe
Muitos humanos a proliferar


Se em terra de cego quem tem um olho é rei imagine
quem tem os dois
Se em terra de cego quem tem um olho é rei imagine
quem tem os dois

Se Puder Sem Medo Desconhecido


Deixa em cima desta mesa a foto que eu gostava
Pr'eu pensar que o teu sorriso envelheceu comigo
Deixa eu ter a tua mão mais uma vez na minha
Pra que eu fotografe assim o meu verdadeiro abrigo
Deixa a luz do quarto acesa a porta entreaberta
O lençol amarrotado mesmo que vazio
Deixa a toalha na mesa e a comida pronta
Só na minha voz não mexa eu mesmo silencio
Deixa o coração falar o que eu calei um dia
Deixa a casa sem barulho achando que ainda é cedo
Deixa o nosso amor morrer sem graça e sem poesia
Deixa tudo como está e se puder, sem medo
Deixa tudo que lembrar eu finjo que esqueço
Deixa e quando não voltar eu finjo que não importa
Deixa eu ver se me recordo uma frase de efeito
Pra dizer te vendo ir fechando atrás a porta
Deixa o que não for urgente que eu ainda preciso
Deixa o meu olhar doente pousado na mesa
Deixa ali teu endereço qualquer coisa aviso
Deixa o que fingiu levar mas deixou de surpresa
Deixa eu chorar como nunca fui capaz contigo
Deixa eu enfrentar a insônia como gente grande
Deixa ao menos uma vez eu fingir que consigo
Se o adeus demora a dor no coração se expande
Deixa o disco na vitrola pr'eu pensar que é festa
Deixa a gaveta trancada pr'eu não ver tua ausência
Deixa a minha insanidade é tudo que me resta
Deixa eu por à prova toda minha resistência
Deixa eu confessar meu medo do claro e do escuro
Deixa eu contar que era farsa minha voz tranqüila
Deixa pendurada a calça de brim desbotado
Que como esse nosso amor ao menor vento oscila
Deixa eu sonhar que você não tem nenhuma pressa
Deixa um último recado na casa vizinha
Deixa de sofisma e vamos ao que interessa
Deixa a dor que eu lhe causei agora é toda minha
Deixa tudo que eu não disse mas você sabia
Deixa o que você calou e eu tanto precisava
Deixa o que era inexistente e eu pensei que havia
Deixa tudo o que eu pedia mas pensei que dava

Oswaldo Montenegro

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

NOME DA GENTE


Por que é que eu me chamo isso
E não me chamo aquilo?
Por que é que o jacaré
Não se chama crocodilo?

Eu não gosto do meu nome
Não fui eu quem escolheu
Eu não sei por que se metem
Com um nome
Que é só meu!

O nenê que vai nascer
Vai chamar como o padrinho,
Vai chamar como o vovô,
Mas ninguém vai perguntar
O que pensa o coitadinho.

Foi meu pai quem decidiu
Que o meu nome fosse aquele.
Isso só seria justo
Se eu escolhesse o nome dele!

Quando eu tiver um filho,
Não vou por nome nenhum.
Quando ele for bem grande,
Ele que procure um!

A Velha a fiar

Estava a velha no seu lugar
Veio a mosca lhe fazer mal
A mosca na velha, a velha a fiar...
Estava a mosca no seu lugar
Veio a aranha lhe fazer mal
A aranha na mosca,
A mosca na velha, a velha a fiar...
Estava a aranha no seu lugar
Veio o rato lhe fazer mal
O rato na aranha,
A aranha na mosca,
A mosca na velha
A velha a fiar.
Estava o rato no seu lugar,
Veio o gato lhe fazer mal,
O gato no rato,
O rato na aranha,
A aranha na mosca,
A mosca na velha,
A velha a fiar.
(Tradição Popular)
Não tenho coragem de enganar ninguém...por isso sempre pensei seriamente como seria a vida de um publicitário, de um vendedor...
Tudo está virando mercadoria. E da pior qualidade...
Não consigo "vender" ilusões.

Armadilha dos títulos

Pessoas fingem que sabem,
também fingem que ensinam,
outras fingem que aprendem,
o ciclo recomeça...

Será que elas acreditam realmente??

Não precisa ir muito longe não!
As coisas acontecem ao nosso lado, em plena luz do dia, com a cara limpa, a alma lavada, autenticada, registrada, carimbada...

Tenho vergonha!

Degustação

Vivendo e aprendendo...
Na minha infância achava o máximo tomar "groselha", aquela bebida doce, colorida, que ficava escondida no armário do vovô e que ele me dava uma "amostrinha" dizendo ser vinho dos bons...
Lembro que a garrafa tinha umas bolhas com caras sorridentes, o que me fazia desconfiar que aquela bebida não era tão proibida assim e nem tão adulta...
Passada a fase de inocência, uma coisa me intrigou:
Groselha existe!!! Não é bebida artificial. É uma fruta e muito bonitinha por sinal, parece com cachos de pequenas uvas, bem redondas, translúcidas e vermelhas.

Antes tarde

"Não vendo minha liberdade por níqueis."
Precisando rever certos conceitos...
Eu amo tudo o que foi,
Tudo o que já não é,
A dor que já me não dói,
A antiga e errônea fé,
O ontem que dor deixou,
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia.

Fernando Pessoa

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

somos caipira pira pora...

Êta provinciazinha...
ainda bem que me mudei pra roça mesmo, uai...

Erva Venenosa

Parece uma rosa, de longe é formosa
E toda recalcada, alegria alheia incomoda
Venenosa Êh,Êh...erva venenosa
É pior do que cobra cascavel seu veneno é cruel
De longe nao é feia, tem voz de uma sereia
Cuidado, não lhe toque
Ela é má, pode até te dar um choque.
Venenosa ÊH, ÊH...Erva venenosa
É pior do que cobra cascavel seu veneno é cruel
Se coça como louca
Rachada tem a boca
Parece uma bruxa um anjo mau
Detesta todo mundo
Não para um segundo
Fazer maldade e seu ideal..
Como um cão danado,Seu grito é abafado
É vil, é mentirosa
Deus do ceu como ela é maldosa
Venenosa ÊH....ÊH...Erva venenosa.............

Hóstia

Confissão:
A adolescência foi muita mais divertida com Léo Jaime!

Nada Mudou - Leo Jaime

Ela me dá um beijo na testa
E quer que eu tenha um dia legal
Mas se quiser eu posso ver nas ruas
Senhores, escravos, nada é real
Todo mundo me diz: bom dia
Todo dia sempre igual
Crianças pedem nas janelas do carro
Até nas noites de Natal
Ou, ou, ou, ou nada mudou
Ou, ou, ou, ou, ou, ou
Se ela quer o sétimo céu
Vai ter de subir degrau por degrau

Os melhores momentos do mundo
Não são manchetes de jornal

Os velhos jogam damas na praça
Professores de tudo que é dor
Fingindo esconder a falta
Que faz viver um grande amor ...
Ou, ou, ou, ou nada mudou
Ou, ou, ou, ou, ou, ou

Ô de casa

O Carteiro chegou e meu nome gritou com uma carta na mão...
Era meu certificado da FGV.
Podia ser minha convocação para a Prefeitura...
mas tudo bem, dos males o menor...pelo menos não eram contas!

Discorrendo sobre a censura...

do jeito que só o Léo sabe fazer...

Solange ( Sting/ Leo Jaime/ Leoni )

Eu tinha tanto pra dizer
Metade eu tive que esquecer
E quando eu tento escrever
Seu nome vem me interromper
Eu tento me esparramar
E você quer me esconder
Eu já não posso nem cantar
Meus dentes rangem por você
Solange, Solange
É o fim Solange
Eu penso que vai tudo bem
E você vem me reprovar
E eu já não posso nem pensar
Que um dia ainda eu vou me vingar
Você é bem capaz de achar
Que o que eu mais gosto de fazer
Talvez só dê pra liberar
Com cortes pra depois do altar
Solange, Solange, Solange
É o fim, Solange
Solange, ah! Ah! Solange
Pára de me censolange
Ye ye ye
I feel so lonely
Ye ye ye
So so so, lan lan lan
Solange, Solange, Solange
É o fim Solange

D.N.A

Minha filhota nasceu geneticamente propensa a adorar Léo Jaime...não é à toa que a criança pede para ouvir os maiores hits do meu adorado compositor assim que entra no carro...
Ir ao colégio ao som de LJ é a maior diversão!!

Leo Jaime - Conquistador Barato

Eu mando os mesmos versos
Para um bando de garotas
Eu mesmo faço as manchas
De batom na minha roupa
Eu sei que um dia desses
Eu ainda vou em cana
Porque eu mando mais torpedos
Que a marinha americana
Mas quando eu vejo um broto
E digo: Agora é pra valer
Eu ouço os meus dentes batendo
E os meus joelhos a tremer
Eu falo mil bobagens
Eu não sei o que dizer
Mas mando a minha brasa
Eu to fingindo não saber
Eu queimo o meu filme
Eu enfio o pé na lama
Eu sujo o meu nome
E ainda pioro a minha fama
De conquistador barato
Bam bambobambo bambolê
Bam bambobambo bambolê
Eu sempre bato o carro
Olhando os brotos na calçada
E não decoro nomes
Isso não é uma piada
Na praia ou nas festinhas
Só me meto em confusão
porque eu paquero a garota
E nem reparo o garotão
Mas quando eu encontro um broto
E digo: Agora é de verdade
eu fico como se eu tivesse
Apenas dois anos de idade
Eu faço mil bobagens
Eu não sei o que dizer
Eu tiro o meu time
Pois eu sei que eu vou perder
Eu queimo o meu filme
Eu enfio o pé na lama
Eu sujo o meu nome
E ainda pioro a minha fama
De conquistador barato
Bam bambobambo bambolê
Bam bambobambo bambolê
Iê iê iê iê......

terça-feira, 11 de setembro de 2007

"O segredo para não se desiludir com as pessoas é não se iludir com elas."

Os 7 anos de espera...

Muitas pessoas dizem que a vida da gente é dividida em ciclos de sete anos.
E que, de setênio em setênio, passamos por uma grande mudança que vai marcar profundamente nossa trajetória dali em diante.
Estou com 35:
Nesse ano ainda vai acontecer alguma coisa...

Dia Perfeito...

Um verdadeiro perfect day inclui:
Praia
Almoço ainda de biquini
Banho às 4 da tarde
Cochilo até às 7 da noite
Saída com qualquer roupa
pouca maquiagem
cabelos ao vento
para um bom bate papo com os amigos
Conversar sobre política, filosofia, história, bobeiras
ficar à vontade, dividir episódios.
beliscar coisas gostosas
despedida com até amanhã...
chegar em casa para ver o DVD alugado no dia anterior
gargalhadas no escuro. muitas.

Horóscopo...

Você vai se sentir como num filme de fellini,
onde cornetas berram e interrompem
beijos românticos no bexiga,
balões atravessam a rua lotada nos jardins
e um pote de sorvete derrama gosto de baunilha
num passeio aparentemente banal.
Dia propício para trotar de braços dados
e observar a cidade do alto de uma janela obscena.
E se o ser humano é mesmo a única espécie
capaz de inventar lembranças,
é dever cívico sair e criar boas memórias.
Para que alguma coisa surja, é preciso que outra desapareça.
A primeira configuração da esperança é o medo, a primeira manifestação do novo é o horror.
A vida vive a gente.

ECT


Tava com um cara que carimba postais
Que por descuido abriu uma carta que voltou
Tomou um susto que lhe abriu a boca
Esse recado vem pra mim não pro senhor.

Recebo crack, colante, dinheiro parco embrulhado
Em papel carbono e barbante, até cabelo cortado
Retrato de 3 x 4 pra batizado distante
Mas isso aqui meu senhor, é uma carta de amor

Levo o mundo e não vou lá

Mas esse cara tem a língua solta
A minha carta ele musicou
Tava em casa vitamina pronta
Ouvi no rádio a minha carta sim senhor

Dizendo "eu caso contente, papel passado, presente
Desembrulhado, vestido, eu volto logo me espera
Não brigue nunca comigo, eu quero ver nossos filhos"
O professor me ensinou fazer uma carta de amor

Leve o mundo que eu vou já

Nando Reis, Marisa Monte, Carlinhos Brown

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Ele ri como só alguem quase sem passado e repleto de futuro pode rir.
O bem-intencionado tempo ganho não compensa o tempo perdido tentando ganhar tempo.
Como desfragmentar o disco.
Em ambos os casos vale a intenção.
A esperança é a última que morre, dizem.
Mas sendo a última não tem ninguém pra verificar se ela morreu mesmo ou não.
De qualquer maneira a esperança nos vai enterrar a todos.

Guadalajara

Não precisa entender. Que coisa chata essa exigência de entender tudo. Sou desconexo, acontece. encare as coisas como se eu tivesse falando diretamente com você, como a gente costumava fazer às vezes, enroscados numa rede velha e barulhenta. Porque as coisas são assim mesmo, mon dieu, não adianta querer acender as velas quando o vento está forte e as janelas, abertas.
Acontece que às vezes fico concentrado no cheiro de madeira que desce das toras gigantes de carnaúba que sustentam o teto, porque me fazem lembrar dos dias em que eu passava no campo, de férias da escola, comendo umbu e afundando entre as cachoeirinhas de lama que percorriam a casa em dias de chuva.
Já teve a sensação de que precisava fechar os olhos para ouvir melhor? Eu fico assim às vezes, só que de olhos abertos. talvez já esteja na hora de reparar nesse seu hábito de empurrar os óculos para cima do nariz, mesmo quando eles estão perfeitamente enquadrados.
Mania de confessar pequenas culpas e revelar fraquezas para que as coisas não parecessem tão ruins como eram na verdade. Mas de pouco adiantava, porque sempre ia embora incólume, branco e sem expressão. Tinha a si mesmo, o braço forte e protetor das suas idéias - e isso era tudo.
Sopa quente no verão, sorvete no inverno e agrião o ano todo. Era dificílimo ser como eles, sabia, mas o que poderia fazer? Nasceu torto, vai morrer torto. Foi então que veio com essa história de jogar fora alguns demônios que sempre lhe foram úteis. Agrupou os joelhos na nuca, girou o pescoço e arrancou com a língua pequena e afiada algumas minhocas que se instaram nas paredes.

Triptico de Bosh


Época de faculdade...

Bosch:

Sua obra insólita, original e brilhante retrata a vulnerabilidade do homem diante das tentações – idéia dominante na Idade Média.
O pintor é apreciado por seus contemporâneos e exerce, séculos depois, influência sobre os surrealistas...
O artista flamengo pinta a sua obra prima O Jardim das Delícias ou Jardim de Encanto (The Garden of Delights) entre 1500 a 1510, provavelmente 1504 - considerado seu trabalho mais maduro, o qual descreve a criação da mulher.
Em uma visão geral, a obra reflete uma Idade Média filtrada por um humor perspicaz e expõe os vícios da sociedade que rodeia o artista.
Trata-se de um tríptico, óleo sobre painel encontrado no
Museu do Prado, MadriEspanha.
Os retábulos laterais narram: O Inferno (direita) e o Jardim do Éden (esquerda).
Neste, chamado também de A criação do Paraíso, supõe-se que os animais híbridos e as rochas se relacionam com a Índia mítica descrita por Eusébio e, os animais exóticos figurados, como a girafa e o elefante, têm como fonte xilogravuras do livro de
Breydenbach...
A concepção pessimista de um mundo dominado pela idéia do pecado e da fragilidade da natureza humana, típica do pensamento medieval, encontrou expressão plástica na pintura de Hieronimus Van Aeken Bosch.
Firmemente aparentada, pela simbologia, com a fantasia popular e a cultura da época, sua insólita obra, cáustica e imaginativa, prenunciou as grandes realizações da pintura flamenga e holandesa dos séculos XVI e XVII.

Destino

Dali e Disney juntos...

XADREZ

"Das qualidades necessárias ao xadrez, Iaiá possuía as duas essenciais: vista pronta e paciência beneditina, qualidades preciosas na vida, que também é um xadrez, com seus problemas e partidas, umas ganhas, outras perdidas, outras nulas."

(Machado de Assis, "Iaiá Garcia", capítulo XI)

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Percepções

A Física Quântica, a Neurociência, o Budismo e algumas escolas da psicologia, entre outros setores de estudos e sabedoria, concordam que quem de fato cria a chamada realidade lá de fora é a nossa própria mente. O que vemos não é o mundo de fato, mas a nossa própria representação, de acordo com nossa percepção, experiência, mapas, filtros, crenças e até mesmo limitações inerentes ao nosso estágio evolutivo.
O cérebro humano processa mais de 400 milhões de bits de informação o tempo todo. Mas a nossa consciência é limitada e "enxerga" apenas 2 mil bits disso tudo.
Dá pra imaginar o que tem aí fora e que não conseguimos perceber? Dá pra imaginar todo o poder e potencial à nossa disposição e que não nos damos conta?
Isso abre uma gama de possibilidades, desconcerta visões, conceitos, paradigmas.
Não há verdade absoluta!
As implicações filosóficas deste e de outros fatos ligados à essência da realidade é realmente aterradora.
Tantos fatos novos e revolucionários e a idéia de que cada pessoa tem a sua própria representação do que temos no mundo externo.
Se cada pessoa tem sua própria visão, surge a possibilidade de que cada ser humano vê coisas absurdamente diferentes um do outro.

(texto originalmente postado em 15 de janeiro de 2007 no antigo site: http://kabessabravanel.weblogger.terra.com.br)

Constantino Tempo

Só agora vejo que tudo começou errado
e mesmo assim foi dando certo
dando certo, até demais, que o passado
eu já não queria para trás, mas aqui perto
de nós, entre nós, feito o presente que se espanta
ao sentir o vulto inevitável do futuro e sua beleza
escorrendo no corpo, invadindo a garganta
que engendra as sobras deliciosas da mesa
do passado, outrora farta, cheia de iguarias,
e vem gotejar em nossas bocas tardias
gotas adocicadas de tempo antes que toda força
em nós seja finada como o presente que se passa.

Paulo Vieira

O pulo do gato

Quando não houver motivos para ficar e nem razões para partir, olhe para aquela fotografia que tanto te apraz e logo saberás que ela é uma ponte de papel a te levar e trazer, sem tristezas ou remorsos, dessa paisagem presente para uma outra, cuja nascente está em um tempo que não é longe, mas eterno. Contudo, a pergunta inevitável é: como isso acontece?
Pode-se dizer, como se diz um segredo, que é simples feito um passe de imagética mágica.
No entanto, o artista da imagem deve ter um clique preciso e suave, tal como o pulo de um gato. eis o momento certo da captura de um instante que o liberta, a luz alucinante cheia de verdade e justiça para com o que está do outro lado da câmera, a tela perfeita que ninguém pintou, mas que está lá, diante da lente, viajando na velocidade da arte e perdida para todo o sempre; ou pelo menos até que encontre o seu autor perfeito.
Essa precisão, ou melhor, essa impressão sobre-humana frente o que é belo e fugaz, é atributo apenas legado ao bom fotógrafo que, devidamente fora do foco central, torna-se um pequeno deus, simples e bom, a retratar, sem saber, suas próprias retinas ante a cena.
Enquanto prossegue esse trabalho, em silêncio, os papéis de fotógrafo e de matéria fotografada se invertem, como em um giro rápido de espelhos, voltando a si num piscar de olhos.
É nessa interminável hora que podemos ver na fotografia, além da paisagem retratada, cheia de significados e acontecimentos, o seu inverso, o fotógrafo, cheio de desejos e sentimentos para mostrar ao mundo.
nem aquilo nem isso
vermelho no centro
que bate indeciso
está aqui dentro
onde é tudo impreciso
mas na hora que entro
em meu próprio juízo
dele eu choro dentro
e depois me diviso
só assim eu adestro
meu rosto pro riso
poemeto inediteto de pauloleto vieireto
Acabou por aqui.
Mais um passo e não respondo por mim.
Aliás, nunca respondi por mim.
Presta atenção, rapaz.
O melhor nas batidas não é o barulho, nem o estrago, nem o oculto;
a morte ou a misericórdia de não sei quem, que por vezes nos tira ilesos do carro e cheios de susto.
Não, não, o melhor em tudo isso é o silêncio que nos toma na hora agá, um silêncio mais frio do que a morte e o sono da tristeza.

Deixa essa faca onde ela está.
Andei treinando tiro ao alvo e não tem graça.
O alvo não sangra nem nada.
Toma jeito, rapaz.
Melhor se cuidar e esperar a visita de uma febre de verdade.
Isso, descanse os ombros, libere a aorta.
Fique frio.
E pare de esconder cordas sujas embaixo da cama.
Haverá esse tempo, prometo.

Coisas boas não posso garantir mas as outras... as outras são inevitáveis e sagradas, chegam sem aviso, mas chegam.
E nem preciso te falar tudo isso.
Até pareço um mais velho pregando.
Credo.
Agora vai dormir.
Se não conseguir me chama que te dou uma pastilha azulzinha...

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Parem que eu quero descer...

(...)Por querer mais do que a vida,
Sou a sombra do que sou.
E ao fim não toquei em nada,
Do que em mim tocou.(...)

Capitão Romance - Ornatos Violeta

Ilha das Flores

Doces Delírios

Tem coisa mais gostosa que cheesecake? Aquele feito com cream cheese?
Hummmmmm!!!!!
Relatos históricos dão conta de que a cheese cake foi servida na Grécia antiga durante os Jogos Olímpicos na Ilha de Delos em 776 a.C.

Com a conquista da Grécia pelos romanos, o segredo desta iguaria mudou de mãos.

Diz-se que os romanos ofereciam cheese cake aos seus Deuses para acalmá-los. Eles também assavam tortas de queijo e os franceses faziam receitas de requeijão e açúcar.

E assim foi se espalhando até chegar aos cadernos de receitas de nossas avós.

A história é que o reconhecimento mundial do cheese cake foi para os norte-americanos, por terem feito uma receita com queijo fue.
Desde então, tornou-se uma espécie de bolo nacional.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Ano vem, ano vai...

Um ano tem:

12 meses
54 semanas
04 estações
365 dias
21.900 horas
1.314.000 segundos
01 dia do meu aniversário...

LEMINSK

ler se lê nos dedos
não nos olhos
que os olhos são mais dados
a segredos...

VOCÊ

O amor medido, muitos sentem na pele.
O desmedido sinto na carne, entra pela pele, segue pela corrente sanguínea e bate forte nas artérias da alma.
O seu abraço, o estar junto em todas as situações da vida, no embalar dos sonhos e das lágrimas.
Porque você cuida do meu como se fosse seu.
A vida inteira.
E o carinho não tem perguntas, nem questões, apenas têm.
E sendo assim, eu sou cuidada todos os dias, nas horas difíceis, nas mais impróprias.
O presente quem ganhou fui eu.
Palavras são inviáveis.
O que tenho que dar é amor. Incondicional.
Obrigada por você existir na minha vida!

Da sabedoria popular:
"Os opostos se distraem, os dispostos se atraem"

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Frases do Calendário

Quando desistimos de ter sempre razão , começamos a errar menos vezes.

domingo, 2 de setembro de 2007

De abóbora faz Melão

Mais Bia Bedran no CD Brinquedos Cantados:
Há uma infinidade de músicas dela que são um ótimo divertimento e uma volta ao passado...
Destaque para:
O Cacau
Garibaldi
Eu era assim...
As Caveiras
Giroflê, Giroflá
Boneca de Lata
Mazú
Domingo é dia de voltar a ser criança...o melhor programa sem dúvia!
Dei um mau jeito no joelho...Quem manda querer rodar como o Juquinha...
De abóbora faz melão
De melão faz melancia
Faz doce, Sinhá, faz doce, Sinhá
Faz doce, Sinhá Maria
Quem quer aprender a dançar
vai na casa do Juquinha
Ele pula
Ele roda
Ele faz requebradinha...

TANGOLOMANGO

Da série tributo a Bia Bedran..."Brinquedos Cantados"
Adoro as músicas dela!!!
Eram 9 irmãs numa casa
Uma foi fazer biscoito
Deu tangolomango nela
E das 9 ficaram 8.

Eram 8 irmãs numa casa
Uma foi amolar canivete
Deu tangolomango nela
E das 8 ficaram 7.

Eram 7 irmãs numa casa
Uma foi falar inglês
Deu tangolomango nela
E das 7 ficaram 6.

Eram 6 irmãs numa casa
Uma foi caçar um pinto
Deu tangolomango nela
E das 6 ficaram 5.

Eram 5 irmãs numa casa
Uma foi fazer teatro
Deu tangolomango nela
E das 5 ficaram 4.

Eram 4 irmãs numa casa
Uma foi falar francês
Deu tangolomango nela
E das 4 ficaram 3.

Eram 3 irmãs numa casa
Uma foi andar nas ruas
Deu tangolomango nela
E das 3 ficaram 2.

Eram 2 irmãs numa casa
Uma foi fazer coisa alguma
Deu tangolomango nela
E das 2 ficou só uma.

Era 1 irmã numa casa
Ela foi fazer feijão
Deu tangolomango nela
E acabou-se a geração.

sábado, 1 de setembro de 2007

Responsável pelo que cativas...

"Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo..."

Esse Antoine era mesmo sabido!

Crescer

"Suas manhãs chegam, uma a uma... E você prossegue... Sua vida, sua conduta, suas confusões... Suas alegrias, suas tristezas, estados passageiros...
Se olhar para traz verá quantas coisas já foram vividas.
Quanto já chorou, quanto já sorriu, quanto já amou, quanto já se enfureceu... Quanto já ganhou, quanto já pareceu perder... Quanto cresceu!
E, aos poucos, em seu curso, verá que os milagres estão presentes no dia a dia.
Um pouco de amor àquele que precisa, e saberá ter o amor em seu coração. Um pouco de compreensão àquele que necessita, e poderá compreender melhor a si próprio.
Dar é receber.
Este ciclo é o ciclo da vida, onde se aprende que crescer é compartilhar, que viver com amor é dar amor, que viver em paz é dar paz.

A porta do lado

Em entrevista dada pelo médico Dráuzio Varella, disse ele que a gente tem um nível de exigência absurdo em relação à vida, que queremos que absolutamente tudo dê certo, e que, às vezes, por aborrecimentos mínimos, somos capazes de passar um dia inteiro de cara amarrada. E aí ele deu um exemplo trivial, que acontece todo dia na vida da gente.

É quando um vizinho estaciona o carro muito encostado ao seu na garagem (ou pode ser na vaga do estacionamento do shopping). Em vez de simplesmente entrar pela outra porta, sair com o carro e tratar da sua vida, você bufa, pragueja, esperneia e estraga o que resta do seu dia.

Eu acho que esta história de dois carros alinhados, impedindo a abertura da porta do motorista, é um bom exemplo do que torna a vida de algumas pessoas melhor, e de outras, pior.

Entrar pela porta do lado, uma vez ou outra, não faz a menor diferença. O que não falta neste mundo é gente que se acha o último biscoito do pacote.

Eu entro muito pela outra porta, e às vezes saio por ela também. É incômodo, tem um freio de mão no meio do caminho, mas é um problema solúvel.
E como esse, a maioria dos nossos problemões podem ser resolvidos assim, rapidinho.


Basta um telefonema, um e-mail, um pedido de desculpas, um deixar barato.
Eu ando deixando de graça, para ser sincero. Vinte e quatro horas têm sido pouco para tudo o que eu tenho que fazer, então não vou perder ainda mais tempo ficando mal-humorado.


Se eu procurar, vou encontrar dezenas de situações irritantes e gente idem, pilhas de pessoas que vão atrasar meu dia.

Então eu uso a "porta do lado" e vou tratar do que é importante de fato.
Eis a chave do mistério, a fórmula da felicidade, o elixir do bom humor, a razão porque parece que tão pouca coisa na vida dos outros dá errado.

A Força e a Coragem

É preciso ter força para ser firme,mas é preciso coragem para ser gentil.
É preciso ter força para se defender,mas é preciso coragem para baixar a guarda.
É preciso ter força para ganhar uma guerra,mas é preciso coragem para se render.
É preciso ter força para estar certo,mas é preciso coragem para ter dúvida.
É preciso ter força para manter-se em forma,mas é preciso coragem para ficar de pé.
É preciso ter força para sentir a dor de um amigo,mas é preciso coragem para sentir as próprias dores.
É preciso ter força para esconder os próprios males,mas é preciso coragem para demonstrá-los.
É preciso ter força para suportar o abuso,mas é preciso coragem para faze-lo parar.
É preciso ter força para ficar sozinho,mas é preciso coragem para pedir apoio.
É preciso ter força para amar,mas é preciso coragem para ser amado.
É preciso ter força para sobreviver,mas é preciso coragem para viver.