domingo, 6 de janeiro de 2008

Uma nova onda...


Num momento normal de si mesmo,
olhou-se para dentro
e descobriu que há muito tempo não se via.
(C. Seabra)

Gostava de nadar contra a maré.
Morreu afogado.
(Eliane Camargo)

Ana vivia metendo os pés pelas mãos.
Virou contorcionista no Circo de Moscou.
(Eliane Camargo)
Karma.
Falava tão bem sobre a liberdade
que se tornou escravo do próprio discurso.
(Erre Erre)

Esfinge.
Para ele, todas as mulheres eram um enigma,
se não as devorasse, elas o decifravam.
(Erre Erre)

Enfim caiu a ficha.
O telefone estava desligado.
(P. Pelarin)

Não podia dar certo.
Eram incompatíveis.
Ele 110, ela 220.
Deu oficina.
(P. Pelarin)

Tem certeza de tudo.
Nunca aprendeu nada.
(j. novelino)

Começaram dividindo o táxi num dia chuvoso.
Hoje dividem o jornal e um quarto e sala.
(P. Pelarin)

Todos gostavam dela, mas morreu mesmo assim.
Poucos perceberam, mas o mundo ficou pior.
(P. Pelarin)

Ela era seu porto seguro,
onde soltava seus demônios,
onde curava suas feridas.
(P. Pelarin)