domingo, 27 de janeiro de 2008

Segundo Cérebro

Limitar o papel do intestino à digestão seria reduzir consideravelmente a importância desse órgão.
Ele é dotado de um sistema nervoso constituído por 100 milhões de neurônios (tanto quanto a medula espinhal), que elaboram cerca de vinte neurotransmissores — entre os quais a serotonina, reguladora do humor, que influi nos distúrbios depressivos.
Os cientistas falam hoje do intestino como o "segundo cérebro" do corpo humano, capaz de enviar sinais ao cérebro.
O intestino ainda exerce outro papel.
Ele serve de barreira entre o exterior (o intestino recebe moléculas estranhas como os nutrientes) e o interior do organismo.
A integridade dessa barreira é essencial e uma flora intestinal equilibrada — que estimula a secreção de muco e produz substâncias capazes de modificar sua permeabilidade — melhora esse efeito barreira.
O terceiro papel do intestino é sua função imunológica.
Em termos de células (por exemplo, de linfócitos), o sistema imunológico do intestino é o mais importante do organismo e produz certas substâncias que regulam as reações imunológicas.
A flora intestinal, responsável pelo bom funcionamento do intestino, tem um lugar privilegiado na conservação da saúde.