'A fome sozinha não basta,
a menos que o cozinheiro
saiba os nomes
dos nossos desejos'
**O cozinheiro vive de palavras.
O fogo está sempre aceso
e as palavras estão sempre
fervendo na sua imaginação.
Seus olhos veem cores invisíveis,
seu nariz sente cheiros ausentes,
sua boca sente o gosto de gostos inexistentes.
E o seu corpo é possuído
pela comida que ele ainda não preparou.
(...)Ele vive no futuro,
no prato que não existe.
Ele é um ser escatológico.
Só existe nas palavras-receitas...**
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