segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Prefiro a tranqüilidade e a paz de todo dia.
Mas tenho decisões pra tomar.
Também não gosto, mas é preciso.
Sempre é preciso.
E eu me sinto como um dos muitos labirintos de Borges.
Então, fico na espera de que alguém venha, me dê a mão e me mostre a saída.Eu sei que esse alguém não existe além de mim.
Eu sei que eu sou a própria saída.
Sei também que há mais por conhecer.
E sei disso porque todo dia descubro alguma coisa nova e me deslumbro.
E eu gosto disso em mim.
Nesse instante, lembro de Hesse.
Do lobo de Hesse.
E os personagens de todos os livros que eu li, começam a me invadir.
Eles se misturam comigo em uma dança cósmica sem ritmo.
Eu sou um caos literário.E sei voar.Só não sei fingir.
Por isso, sem ressentimentos e sem falsa modéstia, afirmo:
posso até ser muitas em uma.
Mas, certamente, há poucas de mim por aí.

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