
A mente é como um iceberg, acreditava Freud.
O consciente fica ali aparecendo na superfície
enquanto todo o resto, nossa memória
esquecida, forma uma coisa submersa que é gigantesca,
perigosamente fascinante.
Ainda assim, a ponta está lá aparente
e guarda as informações sobre o invisível.
Nisso tudo estão os sonhos.
Confusos, pequenos acasos,
digestões do cotidiano
que às vezes são tão estranhos,
as situações podem ser tão absurdas
e não fazemos ideia de porque
aqueles objetos estão ali juntos.
Os sonhos são uma digestão das nossas memórias,
das informações que engolimos dia após dia
e que formam imagens,
sons e sensações necessárias
para a manutenção do nosso cérebro,
mas são também o campo de manifestação da parte de nós
que está no fundo do oceano do que queremos esquecer,
do que nos perturba.
e busca reunir imaginários e fragmentos do inconsciente,
fotografias feitas de propósito ou ao acaso
que trazem à tona a junção inconstante
e às vezes incompreensível de objetos e impressões.
Hoje a galeria conta com mais de 9,500 imagens;
capturas altamente criativas
que nos levam a alguma concretização
das nossas loucuras sonhadas,
além de nos deixar ver um pouco
dos resgates obsessivos dos próprios fotógrafos.
Toda seleção de lembrança
é um quantae do esquecimento.
(Obvious)
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