
A educação dos sentidos,
não é tão difícil como pode parecer.
A chave, aqui, é cultural.
Gostar de vegetais implica educar o paladar
– e antes dele, óbvio, o cérebro.
Na verdade, trata-se de uma reeducação.
Foi comprovada a existência
de um instinto natural
de seleção da comida.
Um estudo realizado nos Estados Unidos
é particularmente interessante.
Os pesquisadores entregaram a crianças
de péssimos hábitos à mesa
dez tipos de alimentos naturais.
Ao longo de uma semana,
privadas de sua dieta habitual,
elas conseguiram combinar tais ingredientes
de forma a construir uma dieta variada e saudável.
Não se recusaram a comer nada,
nem repetiram sempre o mesmo prato.
A capacidade de adestrarmos nosso paladar
de modo a extrair prazer de comidas
antes intragáveis também ficou evidente
graças ao inglês Jamie Oliver.
Há três anos, ele realizou uma campanha
para banir as porcarias dos lanches e refeições s
ervidos às crianças nas escolas públicas inglesas.
Oliver ajudou a promover mudanças drásticas
nesse cardápio – a merenda "junkie"
à base de nuggets e salsichas
cedeu lugar a saladas, frutas e receitas italianas.
Tudo isso acompanhado do desafio de agradar
aos estudantes.
Deu certo.
Em poucas semanas, o paladar da moçada,
"mascarado" pelo consumo abusivo de gorduras artificiais,
ficou, como dizer, menos inglês.
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