sexta-feira, 31 de julho de 2009

Bom Senso gastronômico


A educação dos sentidos,

não é tão difícil como pode parecer.

A chave, aqui, é cultural.

Gostar de vegetais implica educar o paladar

– e antes dele, óbvio, o cérebro.

Na verdade, trata-se de uma reeducação.

Foi comprovada a existência

de um instinto natural

de seleção da comida.

Um estudo realizado nos Estados Unidos

é particularmente interessante.

Os pesquisadores entregaram a crianças

de péssimos hábitos à mesa

dez tipos de alimentos naturais.

Ao longo de uma semana,

privadas de sua dieta habitual,

elas conseguiram combinar tais ingredientes

de forma a construir uma dieta variada e saudável.

Não se recusaram a comer nada,

nem repetiram sempre o mesmo prato.

A capacidade de adestrarmos nosso paladar

de modo a extrair prazer de comidas

antes intragáveis também ficou evidente

graças ao inglês Jamie Oliver.

Há três anos, ele realizou uma campanha

para banir as porcarias dos lanches e refeições s

ervidos às crianças nas escolas públicas inglesas.

Oliver ajudou a promover mudanças drásticas

nesse cardápio – a merenda "junkie"

à base de nuggets e salsichas

cedeu lugar a saladas, frutas e receitas italianas.

Tudo isso acompanhado do desafio de agradar

aos estudantes.

Deu certo.

Em poucas semanas, o paladar da moçada,

"mascarado" pelo consumo abusivo de gorduras artificiais,

ficou, como dizer, menos inglês.

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