domingo, 12 de julho de 2009

E agora, Maria?


§O que seria um bom dia cheio de cores,
sabores e texturas,
soa como um gesto de educação,
que é dispensável
quando causa mais dor que encanto.
Era correr para o abraço
se jogar nas emoções
e não ter limites para a entrega.
Sem o menor sinal disto,
transforma-se num aperto de mãos,
tão inútil quanto álgido.
Era a alegria,
que levava letras
e risos em cada declaração.
Restou o silêncio,
que nem sabia existir.
Era o indisfarçável.
Vira o sem luz.
Era o palpitar do coração,
que se transforma na distância
incalculável de alguns passos.
Era o eterno que
–não se sabia –
pode ter um fim.§

Nenhum comentário: