quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Véspera

Há coisas que eu simplesmente não quero. Guardo uma porção de ternura para a tempestade que se arma, noite que se anuncia – tempos em que fugirá do nosso alcance o que nos fez mais fortes. Mas há coisas para as quais eu mesmo fecho as portas. Vedo as portas. E renuncio tanto ao ar que às vezes ele me falta (sufoco; a boca seca mal consegue articular teu nome). Nem vale a pena respirar. Se nos porões – timidamente ainda – começa a desenhar-se a primeira primavera de muitos e muitos séculos. Ou quase isso. Há coisas que eu simplesmente não meço.

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