quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Janeiro

Os começos são sempre sérios, comprometidos e comprometedores. Arrumação cai bem. Usar terebentina acaba com os mofos... até aqueles d´alma.

Fevereiro

Antiga escolar agradeço... não tenho aulas, não tenho lição, meu santo dos estudantes em época de prova e reprovação, Amém. Essa parte... já cumpri.

Março

Todo março é de verão, lava-se as águas. Todo 19 quando chega, tem por santo um José. Todo italiano, se José, tem zépollos, bolinhos da devoção, às Marias.

Abril

Busca de felicidade, incerta, curta e intensa. E independente de ontens e hojes, duradoura, para o tempo que resolver resistir.

Maio

— Maio é mês de Cinderela.
— Melhor ter cuidado porque depois da meia noite ela dança.
— Tá errado cara. Depois da meia noite, vira plebéia.

Junho

Prometo nesse dia cumprir a lei. Não sei qual delas mas é bom que alguma seja assim lembrada, para ser cumprida, não necessariamente obedecida. Executada, somente.

Julho

Tralhas, roupas, memórias. Julho começa quando o semestre se renova. Não tenho o que deitar fora porque sou fora de guarda, descautelada. Fecho a porta do sábado, entro nos domingos e peço à vida que fique de fora.

Agosto

Decomposto, reposto, deposto. Fosse país e seria a guerra. Fosse gente, uma epidemia. Fosse eu, intestinas revoltas.

Setembro

Para desafeto, os desconhecidos. Para as idéias, a saudade das palavra e para mês, sempre o próximo.

Outubro

Uma sonatina deveria sempre começar em outubro. As promessas, descumpridas e os encantos mantidos. Ah Mozart... do,do, sol, sol, lá, lá, sol....

Novembro

Inovações d´eu com eu mesma e minhas todas eu. Algumas morrem, outras aprendem, outras ainda correm...

Dezembro

Sentimentos nunca vêm com garantia e o destino, qualquer seja ele, sempre vai a caminho do mar.

Porque os meses não precisam ir e vir, não têm pressa e nem solução.

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