Não são pepitas de ouro que procuro
Ouro dentro de mim, terra singela!
Busco apenas aquela
Universal riqueza
Do homem que revolve a solidão:
o tesouro sagrado
De nenhuma certeza
Soterrado
por mil certezas de aluvião.
Cavo,
Lavo,
Peneiro,
Mas só quero a fortuna de me encontrar.
Poeta antes dos versos,
e sede antes da fonte.
puro como um deserto.
Inteiramente nu e descoberto.
Miguel Torga
Nenhum comentário:
Postar um comentário