domingo, 7 de março de 2010

Ser ou estar sozinho?


Estava lendo um artigo sobre este tema
que me fez pensar como atualmente
muitas pessoas reclamam em estar sós:
"O que há de errado comigo que não
arrumo companhia?
Estou procurando há tempos
alguém íntegro,
de caráter, honesto e verdadeiro
e veja só o que me aparece...
um pior do que o outro!",
reclamam os solitários.
Noto que, paralelamente a este fato,
outras pessoas nunca se sentem sós.
Estão sempre acompanhados;
têm grande poder de atração;
acabam uma relação e, no máximo
em uma semana,
estão com outra pessoa,
nem que seja apenas sexualmente,
mas, sozinhos, nunca.
Quando entro em contato com a dor
que a solidão me traz é onde posso dar
o primeiro passo a cura da mesma.
Certamente, todos nós, em algum momento
de nossas vidas, já nos sentimos solitários,
com esta sensação de falta
e é provável que tenhamos chorado
sentindo falta de alguém
ou de um amor que se foi.
Isso é normal, somos humanos,
mas, neste momento, me refiro
"aos solitários de carteirinha",
aqueles(as) que passam
parte de suas vidas
em amarguras, sofrimentos,
tristezas, melancolias
e profundas dores emocionais.
Elegeram a solidão como justificativa
para sua vida não andar
ou não estabelecer vínculo
com outras pessoas,
ficam presos a determinados
arquivos emocionais,
e têm, nessa vida,
uma ótima oportunidade
de cura se assim o desejarem.
Assim, todos os solitários
que sofrem
por este motivo,
estão cometendo
um enorme equívoco:
"não olhar sua relação
consigo mesmos".
Estão buscando fora,
aquilo que deveriam
buscar dentro.
Solidão nada mais é
que sentir falta
de mim mesmo.
Quem assume ficar consigo
pode até sentir falta de outra pessoa,
mas alcança qualidade de vida à medida
que se aceita,
para depois entrar
numa relação afetiva pronto para trocar.
Solitários de plantão,
permitam-me um dica amorosa:
a solidão não existe!
Ela é o abandono
que pratico comigo mesmo.
Eu tenho em mim a dose de amor correta
de tudo aquilo que necessito
e se me der este amor,
se entender que sou eu
que curo as minhas relações
e não a presença do outro,
de quem ainda me mantenho dependente,
em pouco tempo
poderei estar inteiro para viver
uma gostosa relação de amor
com meu próximo.
(Trechos do texto de Camila Oliveira,
29 anos, brasileira, futura médica,
curiosa por natureza- Blog obvious)

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