(...)'O excesso de canais para
se encontrar,
tem contribuído somente
para provocar desencontros.
Perdemos a mística da casualidade.
Amigos não batem à porta.
Quando batem,
sem anunciar o movimento,
são indesejados.
Para uma visita,
deve-se ligar
e pedir autorização.
O marido falará
antes com a mulher.
A mulher falará com o marido.
Os filhos serão avisados.
Desconrtina-se uma votação
de condomínio
às pressas.
Só falta expedir
mandado de segurança.
Não há mais amizade,
porém consultas.
Tudo é agendado como
um consultório.
(...)Antes os amigos
ajudavam com os problemas,
hoje os amigos são vistos como
os problemas.
(...)Temos mais comida na mesa.
Bem mais.
Nossa avareza está engordando.'
Trecho de Até os amigos tem que marcar hora.
Livro:Canalha!
Carpinejar
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