(...)'Criança confia
nas esperanças minúsculas
mais do que nas
esperanças maiúsculas.
Ainda sou assim,
afeiçoado ao engano
como uma verdade.
Sou fácil de ser
passado para trás.
E não sinto pena dessa
minha crença absurda,
dessa fé infantil,
dessa ingenuidade inata.
(...)Não sou do tipo que crê
até que se prove o contrário,
creio em tudo,
mesmo quando já se provou
o contrário.
Surge uma esperança vã
e ela toma conta
dos meus papéis
e dos clipes.
Uma palavra alegre e já
faço amizade.
Um assobio e me denuncio
virando o pescoço.
(...)Pode me subtrair
o amor, a paixão,
o emprego,
mas a esperança não.
Minha esperança é intocável.
Talvez tenha se
fortalecido pela
memória fraca.
Não sou rancoroso
a ponto de planejar
vinganças com esmero.
Esqueço o que fiz
de ruim comigo
rapidamente.
Tinha motivos de sobra
para ser meu pior inimigo,
porém me perdoo ao dormir.
Nenhum trauma
é maior que o cansaço.
Acordo serelepe
e pronto para me
conciliar com
outras expectativas'(...)
.:Carpinejar:.
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