sábado, 6 de março de 2010

Esconjuro, pé de pato, mangalô 3 vezes


Fita do Senhor do Bonfim
vira moda na Europa


Os corpos continuam bem encobertos
por casacos pesados e luvas.
Mas, no verão, quando os braços e pulsos
estiverem mais à mostra nas principais
capitais do continente,
como Paris e Londres,
um pequeno adereço estético, colorido
e bem familiar,
vai chamar a atenção dos brasileiros:
fitinhas do Nosso do Senhor do Bonfim.
A exemplo do fenômeno Havaianas,
as pulseirinhas de tecido vêm se tornando
um novo hit dos fashionistas.

Outro indicativo do sucesso das fitinhas
é o rumor de que elas estariam prestes a desembarcar
em pelo menos dois templos fashionistas parisienses:
uma grande loja de departamentos e uma butique
- caríssima -,
ponto de romaria dos "mais descolados"
à Rue Saint-Honoré.
Os paninhos baianos benditos,
conhecidos na França como "porte bonheur",
acabaram supervalorizados por vendedores
de lojinhas badaladas.
Seu preço pode variar de € 0,50 a € 5.
Customizadas, são vendidas
com o apelo "desenho Saint-Tropez"
em lojas como a Spirit Wire,
na Côte D"Azur, por valores de € 11 a € 25.
Boa parte da propaganda é feita no boca a boca.
A pulseirinha tornou-se
um símbolo de distinção
de quem conhece o país,
cuja imagem
é positiva na Europa.
Há quem defenda o uso respeitando ritos baianos.
"A fitinha não se compra, se ganha!
Alheia à polêmica,
a arquiteta Cláudia Cerantola,
proprietária do site de comércio online
de produtos brasileiros Pur Suco,
que comercializa desde 2006
o "Souvenir du Dieu de Bahia",
por meio euro, trata de aproveitar a onda.
"Viraram acessório da moda.
As vendas só aumentaram."

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