°°(...)Esperamos juntos pelo ônibus escolar.
Eu segurava a mão dele.(...)
Ele vestia uma calça marrom que já
estava manchada de grama no joelho.
Lembro-me do ônibus amarelo parando
e do som da porta ao se abrir.
(...)Quando o ônibus se afastou,
disse a mim mesmo:
'Ali vai todo o meu mundo.'
Aquele ônibus amarelo
com suas frágeis laterais de metal
e um motorista que eu nunca vira mais gordo
transportavam aquilo que era tudo pra mim.
Naquele momento, compreendi o que eu
havia sentido no dia que ele nasceu.
Terror.
Não apenas apreensão.
Puro terror.
Vc pode ter medo de doença,
de velhice ou da morte.
Mas não havia nada como
aquela pontinha de terror.
(...)Naquele momento, eu soube que,
por mais que me desdobrasse,
algo ruim podia acontecer com ele.
Nem sempre eu estaria ao seu lado
para apartar os golpes.°°
Livro: Não conte a Ninguém
Harlan Coben
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