"São sete bilhões de narradores
em primeira pessoa,
soltos por aí,
crentes que,
se Deus existe,
é conosco que virá puxar papo,
qualquer dia desses.
Sete bilhões de mundinhos.
Sete bilhões de chulés.
Sete bilhões de irritações,
sistemas digestivos,
músicas chicletentas
que não desgrudam da cabeça
e a esperança quase tangível
de que, mês que vem,
ga-nharemos na loteria.
Até a rainha da Inglaterra,
agorinha mesmo,
tá lá,
minhocando as coisas dela,
em inglês,
por debaixo da coroa.
Não é estranhíssimo?"
(Trecho de Antonio Prata)
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