domingo, 15 de novembro de 2009

Hours Concours


Infância tem seu lado


bom de ingenuidade...


Somos juízes dos nossos


próprios talentos e


acreditamos que fazemos tudo


da mais perfeita forma.


Assim era eu quando cantava


A Banda do Chico Buarque


-não tinha pra ninguém-


meu gogó era afinadíssimo!

Tb me considerava


a melhor escultora


de lápis de cera


que já existiu!


Apesar de esculpir


sempre a mesma coisa,


meu estilo era inimitável!


Entrava debaixo da mesa


e esculpia lindas taças.


Como instrumento de trabalho


levava minha inseparável


faca de plástico
-aquela que vinha


nos rocamboles pullman.


Outra das minhas especialidades era


escultura em massinha
de modelar:


Cestas e mais cestas de ovos.


Cheguei ao Pré Primário


expert em cestas.


O que ficou disso?


A verdadeira


essência da vida,


que acabamos


deixando para trás:


Somos aquilo


que acreditamos ser...


sempre!

Um comentário:

Luiz Alves disse...

Dan, que belo texto. Me passou um filme pela cabeça, de quando eu era criança e também fantasiava ser o melhor em tudo. Demais!!!