Infância tem seu lado
bom de ingenuidade...
Somos juízes dos nossos
próprios talentos e
acreditamos que fazemos tudo
da mais perfeita forma.
Assim era eu quando cantava
A Banda do Chico Buarque
-não tinha pra ninguém-
meu gogó era afinadíssimo!
Tb me considerava
a melhor escultora
de lápis de cera
que já existiu!
Apesar de esculpir
sempre a mesma coisa,
meu estilo era inimitável!
Entrava debaixo da mesa
e esculpia lindas taças.
Como instrumento de trabalho
levava minha inseparável
faca de plástico
-aquela que vinha
nos rocamboles pullman.
Outra das minhas especialidades era
escultura em massinha
de modelar:
Cestas e mais cestas de ovos.
Cheguei ao Pré Primário
expert em cestas.
O que ficou disso?
A verdadeira
essência da vida,
que acabamos
deixando para trás:
Somos aquilo
que acreditamos ser...
sempre!
Um comentário:
Dan, que belo texto. Me passou um filme pela cabeça, de quando eu era criança e também fantasiava ser o melhor em tudo. Demais!!!
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