domingo, 8 de novembro de 2009

Cheiros


A capacidade do paladar

de distinguir sabores é extremamente limitada,

identifica 6 ou 7 tipos de sabores diferentes.

Já o olfato se organiza
de forma a diferenciar milhares de cheiros.

O ser humano é capaz de perceber

mais de 10 mil diferentes odores,

cada qual definido por uma estrutura química diferente.

Não é de graça, portanto, que o olfato

tem grande participação

no gosto que sentimos nas comidas.

Assim, grande parte daquilo

que identificamos como “gosto”

é, essencialmente, aroma.

O córtex olfativo
está incorporado ao sistema límbico

e à amídala cerebral,

onde nascem as emoções

e a memória emocional
fica armazenada.


É por isso que aromas,

sentimentos e memórias

se misturam de maneira tão fácil e íntima.


Nosso olfato é o primeiro

dos sentidos humanos a amadurecer,

e apenas mais tarde cede a primazia cognitiva

à visão e às palavras,

enquanto o elo cortical entre o olfato e a emoção

garante que essas sensações iniciais

mantenham seu calor por toda a vida.

O interessante dessa relação entre cheiro,

emoção e memória é que:

como cada um de nós tem um cheiro próprio,

e como cada interação com uma

outra pessoa nos provoca emoções,

tendemos a associar à lembrança

que temos de alguém a um odor específico.


Assim, quando sentimos o cheiro que remete

à emoção provocada por àquela pessoa,

sentimos as mesmas emoções que tínhamos,

ou temos, quando estamos com ela.

Ou seja,

é quase impossível dissociar cheiro de afeto!


Já foi comprovado que pessoas
com depressão tem problemas olfativos.

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