O meu ser não dá conta das brisas
e vultos que habitam o corredor da minha alma.
Este espaço que ora parece tão iluminado,
ora tão sinistro, cinzento e empoeirado.
Um lugar que não conheço,
mas que me pertence por inteira.
Algumas vezes ouço passos,
outras, ouço vozes.
São as criaturas do meu pensamento
mostrando-me a face.
Essa face de mim mesma que é tão doce,
Essa face de mim mesma que é tão doce,
tão virtuosa, testemunha do bem
e que ao mesmo tempo se esconde,
se envergonha e interfere na minha realidade.
É o rosto daquilo que é forte,
incontrolável, instintivo.
Criatura que duvida,
que enxerga, que debocha.
Clamo por asas, quero toda a bondade,
Clamo por asas, quero toda a bondade,
toda honestidade e liberdade de viver e ser feliz,
mas me deparo com um penhasco inseguro,
distante e belo, que me amedronta, que me fascina.
Vêm até mim criatura de mim mesmo,
Vêm até mim criatura de mim mesmo,
que me testa, me tenta, me provoca
e me leva para o teu castelo.
Satisfaça então, todos os meus desejos.
Vêm criatura divina, com tua delicadeza,
Vêm criatura divina, com tua delicadeza,
me tira do mar e da minha profundeza,
me toma num sonho, me faz esquecer o breu
e que eu possa ser novamente, eu.
É essa guerra que bifurca meus caminhos,
É essa guerra que bifurca meus caminhos,
me faz escolher a companhia.
Campo de guerra infindável,
que trava lutas constantes,
que me ensina a viver, sentir, chorar,
sorrir e amar, e me torna humana a cada dia.
Esse anjo e demônio que habitam o corredor da minha alma...
(Giovana Rossa)
(Giovana Rossa)
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