sexta-feira, 14 de novembro de 2008

O Peso de Um Segredo

Eu sempre gostei de saber de todas as histórias
sobre a vida de todo mundo.
E, como bom contador de histórias que sou,
também sempre gostei de passá-las adiante.
Algumas pessoas chegam ao cúmulo de me chamar de fofoqueiro,
mas prefiro o termo técnico: jornalista.
Enfim, odeio guardar segredos.
Acho que as boas histórias têm que ser contadas.
Ser contada é a razão de ser de qualquer história.
Uma boa história não contada morre de solidão.
Toda vez que alguém me pede segredo de alguma coisa,
eu morro um pouco.
Não posso contar pra ninguém?
Não.
Nem mudando os nomes?
Não.
Nem se eu mudar os nomes, os locais, os fatos?
Não, não, não!
Ou seja, tortura.
Sobre a minha vida, não tenho segredos.
Qualquer coisa que diga respeito a mim
e que não seja pública e notória é porque envolve
a privacidade de algum outro.
Segredos são cancerígenos.
Eles andam dentro da gente pulsando, apodrecendo, querendo sair.
Ninguém me tira da cabeça que essas pessoas
que fazem um check-up e, quando vão ver, estão podres por dentro,
é porque carregavam segredos demais.
(Blog Liberal, Libertário, Libertino)