domingo, 30 de novembro de 2008

"Leio as crônicas do Arnaldo Jabor
desde que ele começou a escrever na última página
do Segundo Caderno do jornal
e confesso que de todas, essa,
para mim, foi a que mais conseguiu chegar
ao fulcro exato da questão.
Ele ensaia esse tema há anos,
remancha-o de vez em quando.
Ontem ele chegou ao ponto.
A humanidade hoje é isso aí.
Você,
cara legal,
pessoa boa,
sensata,
de boa índole
e bom caráter,
conforme-se:
você é passado,
uma antiguidade inútil
como um bibelô de cristaleira.
De qualquer forma, isso não seria nem tão ruim,
se nós não tivéssemos filhos para criar.
E a cada dia que passa eu me convenço,
para meu terror,
que minhas idéias
e convicções
só vão atrapalhá-los no futuro.
E eu nem sei ensinar nada diferente a eles.
Que Deus os proteja."
(Pirão sem dono)

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