domingo, 23 de novembro de 2008

"...Como observava Marx,
com a produção que visa tão somente o mercado,
dá-se a queda do tempo qualitativo em tempo quantificado,
tempo que é reificação da duração,
pois esta se encontra plasmada no presente
- o que resulta na perda da qualidade dialética do vivido,
vivido que se tecia de lembrança e esquecimento.
E onde não há tempo, tampouco pode haver recordação nem redenção.
Como escreveu Benjamin:
“as rugas e marcas em nosso rosto
são as assinaturas das grandes paixões que nos estavam destinadas.
Mas nós, os senhores, não estávamos em casa”.
Olgária Matos - filósofa e professora titular da Universidade de São Paulo

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