terça-feira, 27 de novembro de 2007

Humano, demasiado humano

Apenas ao chegar à velhice você nota como deu ouvidos à voz da natureza, dessa natureza que governa o mundo inteiro mediante o prazer: a mesma vida que tem seu auge na velhice tem seu auge na sabedoria, no suave fulgor solar de uma constante alegria de espírito; ambas, a velhice e a sabedoria, você as encontra na mesma encosta da vida, assim quis a natureza. Então é chegado o momento, e não há porque se enraivecer de que a névoa da morte se aproxime. Em direção a luz - o seu último movimento; um grito jubiloso de conhecimento - o seu último som.

Nietzsche, Friedrich.