'O homem moderno vive com tanta pressa
que não pode se sentar, não pode descansar.
Tornou-se incapaz de descansar.
E, quando você é incapaz de descansar,
E, quando você é incapaz de descansar,
é incapaz de fazer tudo que é valioso.
E a realidade é que não precisamos
nos preocupar tanto
com coisa alguma.
A vida é eterna.
Sempre existimos e sempre existiremos...'
(Blog Palavras de Osho)
'...A cidade grande faliu em termos de qualidade de vida.
Hoje, é cada vez mais insuportável morar numa cidade
onde passamos boa parte do tempo nos engarrafamentos,
respirando um ar sujíssimo, com a violência
a nos assustar constantemente.
Sim, temos o acesso à cultura que fora dela não temos.
Mas será que compensa?
E o tempo e o espaço que perdemos?
E a contemplação, que já não existe?
Tudo nos passa batido, entre um outdoor e outro,
um compromisso e alguma coisa sem importância.
Há quem veja graça nisso, nas imagens entrecortadas,
na velocidade exacerbada, nesse tempo fugaz.
Convivo com a sensação diária
Hoje, é cada vez mais insuportável morar numa cidade
onde passamos boa parte do tempo nos engarrafamentos,
respirando um ar sujíssimo, com a violência
a nos assustar constantemente.
Sim, temos o acesso à cultura que fora dela não temos.
Mas será que compensa?
E o tempo e o espaço que perdemos?
E a contemplação, que já não existe?
Tudo nos passa batido, entre um outdoor e outro,
um compromisso e alguma coisa sem importância.
Há quem veja graça nisso, nas imagens entrecortadas,
na velocidade exacerbada, nesse tempo fugaz.
Convivo com a sensação diária
de que a vida me tira da vida;
de que as coisas que tenho que fazer
me tiram daquelas que importam.
Mas que coisas são essas, que importam?
Como bem disse meu amigo,
não sabemos como nomeá-las exatamente.
Cada vez que uma palavra se aproxima,
essas coisas importantes deslizam,
se tornam fluidas, escapam-nos.
Mas por que escrever, então?
Talvez para chegar mais perto das coisas
que realmente importam,
sabendo que elas irão sempre se diluir,
se dissolver, e que a palavra não é senão
uma tentativa de aproximação.
Talvez, também, para atravessar o mundo na contramão,
para evitar a sensação de que passamos por aqui
sem entender nem sentir nada.
Afinal, nos vangloriamos de que hoje o homem vive cem anos.
Afinal, nos vangloriamos de que hoje o homem vive cem anos.
Mas será que os nossos cem anos valem mais
do que os quarenta de outrora?
Ou será que a vida continua igualmente curta,
uma vez que o tempo hoje, tão acelerado, nos tira tanto?
Enfim, se há algo que se possa dizer sobre essas tais coisas
Enfim, se há algo que se possa dizer sobre essas tais coisas
que importam é que elas certamente não têm nada a ver
com o tempo cronológico, que nos foge a cada dia.
Que em algum lugar elas cintilam, zombando de nós,
que acreditamos viver mais e melhor;
zombando de nós, que perdemos tanto tempo
com coisas sem importância'.
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