sábado, 13 de fevereiro de 2010

Só se dá o que se tem


(...)a pessoa amada
é apenas uma desculpa
que nos damos
para alcançar
a emoção extrema
de apaixonar-se.
Na realidade,
pouco importa
quem amamos:
por isso podemos repetir
uma e outra vez
o mesmo paroxismo.
Como diz Santo Agostinho,
o apaixonado ama é o amor.
Uma droga muito bonita,
evidentemente;
mas a vida autêntica e miúda
começa justamente
onde o conto termina.
Mais além do
"foram felizes para sempre'".
Paixões - amores e desamores
que mudaram a história,
Rosa Montero, p. 21

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