terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

C.D.A

Se agora te abrisses
e te revelasses
mesmo em formas de erro,
que alívio seria!
Mas ficas fechado.
Carrego-te à noite
se vou para o baile,
De manhã te levo
Para a escura fábrica
De negro subúrbio.
És, de fato, amigo
Secreto e evidente.
perder-te seria
perder-me a mim próprio.
Sou um homem livre
mas levo uma coisa.
Não sei o que seja.
Eu não a escolhi.
Jamais a fitei.
Mas levo uma coisa.
Não estou vazio
não estou sozinho,
pois anda comigo
algo indescritível.

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