sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Estado Civil: FELIZ


Há cerca de 11 anos atrás,

quando ainda estava na ESPM,

fiz um trabalho em grupo

onde apontávamos a tendência

do homem viver só.

Nosso trabalho destacava

a necessidade crescente

de se olhar para os consumidores solitários

e dar a eles produtos

em quantidade conveniente para 1 pessoa.

Sacos de pão com menos fatias,

legumes, verduras embalados em menor quantidade,

ovos em caixa com meia dúzia, etc

Tendo em vista que a quantidade "normal"

tinha como medida-padrão

uma família de 4 pessoas,

o que já era fora da nossa realidade.

Os produtos estragavam na casa desse

nem tão "novo" modelo de consumidor.

E como todos sabemos

não há lugar para o desperdício.

Mas vcs podem perguntar...

pq raios ela foi desencavar essa história?

Simples...

Assisti o ¨Saia Justa¨ dessa quarta feira,

e uma das pautas do programa foi essa tendência,

- apontada por nós,

simples estudantes de 20 e poucos anos,

há mais de 10 anos atrás -

Deu na Folha de SP a seguinte matéria:

"Morar sozinho é tendência mundial"

O aumento do número de pessoas

que vivem sozinhas nas grandes cidades,

por opção ou contingência,

não é uma característica brasileira,

e sim uma tendência mundial.

As razões apontadas para o fenômeno são,

entre outras, o aumento dos pedidos de divórcio,

a maior longevidade da população

-a morte de um dos cônjuges

obriga o outro viver sozinho

quando a família não o acolhe-,

o adiamento da decisão de casar entre os jovens

e o crescimento das uniões informais,

em que os cônjuges optam

por morar em casas separadas.

No Brasil

São Paulo é, em números absolutos,

a cidade brasileira com mais moradores

que vivem sozinhos

-o que reflete a sua magnitude demográfica

(mais de 10,4 milhões de habitantes).

Em 2000, 318.080 pessoas moravam

desacompanhadas na capital paulista

-uma em cada grupo de 30 habitantes.

O Rio de Janeiro vem em segundo lugar,

com 244.619;

Porto Alegre, em terceiro,

com 75.896;

Salvador, em quarto, com 70.041;

e Belo Horizonte, em quinto, com 69.055.

No exterior

Em cidades americanas,

os indicadores são significativamente maiores:

em Washington, era de 39,5% nos anos 80

e subiu para 41,5% nos anos 90;

em Nova York, pulou de 26% para 27,2%,

de acordo com dados do censo.

Nos Estados Unidos,

25,5% das casas têm apenas um morador.

A variação foi pequena na última década,

de apenas 0,9 ponto percentual.

Mas, em relação à década de 70,

houve um aumento de 8,4 pontos percentuais.

No Reino Unido,

pesquisa revela que morar desacompanhado

já é a situação mais comum.

O estudo informa que,

pela primeira vez na história do país,

a soma das pessoas que vivem sós ou como pais solteiros

é maior do que a das que vivem no formato familiar tradicional.

A pesquisa tinha como objetivo medir as mudanças

que a família sofreu no Reino Unido nos últimos 40 anos.

Uma outra pesquisa

-do Centro de Estudos de Políticas Familiares Independentes-,

divulgada em 2000, mostrou que 28% das casas do país

eram habitadas por apenas uma pessoa,

o triplo do indicador apurado em 1960.

Um comentário:

Luiz Alves disse...

carambola! se parármos pra refletir trata-se de uma uma significativa mudança nas relações sociais. será que isso é um espelho da crescente intolerância entre as pessoas?...