quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Inquietação

Ai que saudade da inquietação, que me faz pensar, escrever, pintar, correr, dançar, chorar e cair.
Essa inquietação assim lasciva que me deixa com vontade de beijar, transar, e seduzir.
Inquietação pueril que faz brincar, dançar, rir e dizer besteiras sem motivos.
Eu gosto da inquietação, mas ela não valeria nada se não resultasse na busca da minha quietude.
Por que essa sensação, que tao bem me faz, me impele pra calmaria? Por que essa tempestade é tão fugidia?
Meu interesse pelas coisas fugidias, eu nem sei mais que fiz deles.
Minha queda, tua queda, nossas quedas, todos nós caídos no chão em estado lamentável!
De certa forma nos serviu tanto para nunca entender e ao mesmo tempo sentir tao bem a fugacidade das coisas, das pessoas, da vida, dos sentimentos, das impressões, de você, de mim, de nós, de algo que nunca tive e quem sabe perderei.
Não quero perder, não queremos perder nada nunca.
Impossível, mas não interessa.
Mudando então, não quero perder nada que precise perder, que dependa de mim.
Sou cheia de desejos e fraquezas, cheia de muitos desejos e muitas fraquezas, muitas habilidades e debilidades.
Cheia de tudo, tão cheia de tudo...
Querendo cada vez mais crer na possibilidade da simplicidade, do acaso, do movimento, da ternura, do amor.

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