sexta-feira, 24 de outubro de 2008

No Caminho

"Na primeira noite, eles se aproximam
e colhem uma flor do nosso jardim
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores, matam o nosso cão.
E Não dizemos nada.
Até que um dia o mais frágil deles,
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a lua e,
conhecendo o nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E, porque não dissemos nada,
já não podemos dizer nada."