segunda-feira, 23 de julho de 2007

Obituário


A morte a todos chega,
É o ciclo natural
Sem futurismo ou pêga
De scifi série B, é vital.
A morte todos alcança,
E quem parvamente foge dela
É por idiótica esperança,
Estupidez de quem nasce sem vela;
Pois todos vivemos sem ela
Ou a sua luz; vem mansa
Ou violenta, mas sempre a janela
Se abre e a lança
Que nos fura é arma
De quem não nos paga fiança;
E todos nós iremos
Ciclicamente compondo o destino.
Existente ou não é o menos,
Quanto nasço certificado de óbito assino.
E é triste que gente tanta
Exista, e não viva;
Porque nascer em si não adianta,
Mas quem ao máximo a morte esquiva
E vive sem moral obstrutiva,
Mais felicidade em si estanca.

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