O filme tem ótimos atores,
uma boa história
e uma denúncia a fazer.
Mas tudo isso resulta em algo
que poderia ter saído melhor.
Há algo de frustrante no realismo do filme
– é como se estivesse dizendo
que tudo que uma pessoa adulta
e madura deve se fazer é,
querendo ou não, resignar-se
a uma sociedade limitada
e a uma vida medíocre.
A primeira parte é a melhor.
Talvez seja fácil demais para o espectador prever
que o sonho de April (Kate Winslet )
não vai dar certo
e que Di Caprio,
a despeito de suas fumaças de rebeldia,
se revelará um sujeito assustado
com o futuro e propenso ao conformismo
garantido por um bom emprego,
mas funciona,
porque os atores arrancam
muita vida de seus papéis.
A direção de Mendes é boa.
O título brasileiro,“entrega” tudo
– e o original é melhor, pura ironia
e isso tem uma tendência a frustrar o espectador,
que naturalmente fica esperando pelo pior.
(Pipoca Combo - Francisco Lopes)
"Há semelhanças com Beleza Americana
(do mesmo diretor, Sam Mendes)
e com Pecados Íntimos,
pois falam do pesadelo dos subúrbios,
e de ter uma vida que não foi a sonhada.
De cair nos mesmos moldes que tentamos evitar.
De reparar que não somos tão únicos assim."
(Escreva Lola,escreva)
P.S:A cena final é de especial
e fina ironia...
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