quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Impossível não reparar


'(...)quando vivemos muito focados
em nossos objetivos de vida,
no cumprimento de nossas metas,
tendemos a perder o espetáculo,
geralmente gratuito,
que a vida, repleta de ações
nos oferece.'

"(...)Ao transitar nos labirintos
aparentemente óbvios do cotidiano,
podem haver fabulosos espantos
na visual calmaria ordinária do trivial.
Desse encanto me valho para,
a partir da minha mais privada posição,
visitar acontecimentos do que me rodeia
que por sua vez carrega sau privacidade.
Para manter acesa a chama do meu verso,
preciso funcionar, no mínimo, sobre 3 pilares:
o primeiro deles é o hábito de reparar.
(...)É muito interessante olhar a vida como um filme.
(...)todo mundo é capaz de perceber um script,
um roteiro de cinema, de novela, um texto de teatro
no beabá dos nossos dias.
(...)Vejo a vida como essa obra aberta que é,
cheia de cenas.
(...)desde menina, que eu trago
no olhar esse espanto pela vida.
Um espanto bom,
uma espécie de encantamento
que não deserda as coisas simples
de seu poder.
(...)crepúsculos, vizinhos,
flores, beijos, comidas, crianças,
pequenos gestos e afetos
estão na mira com igual importância.
(...)talvez, pela mão da poesia,
as cenas humanas passaram
a mais que me espantar,
me comover."

Nenhum comentário: