Pessoal,
Novidade de fim de ano!!!
Combinei de publicar alguns textos
de amigos.
Aí vai o primeiro deles:
'As ruas estão tomadas de gente, indo e vindo.
Lojas lotadas.
Uns poderiam dizer que mais parece
um formigueiro gigante.
Mas acho que mesmo as formigas
são mais organizadas que nós.
Todo ano nessa época é a mesma coisa.
Enfeites natalinos enchem os olhos nas ruas,
nas lojas, em nossas casas...
O clima de Natal remete a felicidade,
a prosperidade e fartura, ao amor ao próximo...
Amor ao próximo.
Bem, esse movimento todo, pode se dizer,
é por causa dele; o próximo.
Pra quem buscamos veementemente
o presente desejado
ou algo que cause aquele sorriso lindo
e espontâneo de agradecimento.
Nesse caso, esse tal “próximo natalino”
é a mãe, pai ou amigos.
Mas próximo é todo mundo que nos cerca,
Mas próximo é todo mundo que nos cerca,
conhecidos ou não.
O natal nos traz um sentimento
de fraternidade muito grande.
Tanto que desejamos felicidades
a todos conhecidos ou não.
Outro dia, saindo do trabalho,
Outro dia, saindo do trabalho,
enquanto andava para o ponto do ônibus,
vi um homem, cuja a idade não pude calcular
devido a sujeira que tomava seu corpo,
sentado numa esquina movimenta de Niterói,
abrindo sacolas de lixo
e recolhendo os restos de comida.
Tal qual um self service,
separava o que encontrava
numa bandejinha de isopor,
a fim de montar seu prato,
enquanto “beliscava” uma coisa ou outra.
Você pode está pensando agora:
- "E daí, isso é mais comum do que se pensa."
- "E daí, isso é mais comum do que se pensa."
Claro, é sim.
O que me chamou a atenção para esse fato
tão estranhamente cotidiano
era o movimento ao lado do mendigo.
Pessoas com sacolas com motivos natalinos
cheia de presentes passavam apressadamente,
riam, falavam ao celular,
comentavam sobre as compras.
O mendigo, cuja única intenção
era matar a fome naquele momento,
era praticamente invisível.
Diante disso pensei em como o espírito natalino
é tão hipócrita.
Desejamos felicidades a todos,
automaticamente,
desde que estejam no padrão ditado pela sociedade.
É óbvio que não estou tentando dizer
que devamos desejar felicidades
aos que estão à margem da sociedade,
formar coros natalinos para cantar a beira das favelas
para alegrar os corações dos menos abastados
e amenizar seus sofrimentos.
Nem dizendo que devamos separar algo
de nossas ceias para dar a eles.
Claro que isso seria muito bem vindo
para o mendigo que vi comendo lixo.
Mas e depois?
Como ficaria?
Não é preciso nem dizer o que aconteceria...
Devemos usar essa fraternidade natalina
Devemos usar essa fraternidade natalina
para todos os dias do ano,
transformando desejos em atos.
Não, não é preciso, embora ajude em muitos casos,
colocar a mão no bolso.
O mínimo que podemos fazer é cobrarmos das autoridades
que façam o que tem que ser feito,
para que as pessoas mais carentes tenham uma vida,
não digo melhor, mas ao menos mais justa.
Dar de comer á quem tem fome não é o bastante.
Só resolve o problema da fome imediata
e alimenta o ócio.
É preciso dar educação e trabalho.
Educação é a base de tudo.
É através da educação que se consegue o trabalho,
que gera renda, que traz a comida,
que se chega a dignidade.
Transformemos essa fraternidade natalina
Transformemos essa fraternidade natalina
numa arma de protesto que dure sempre.
Mudando o mundo à nossa volta,
mesmo que aos poucos.
Acabando com a omissão que ajudamos a manter
numa sociedade tão acostumada
a ver e a nunca enxergar.
Um feliz natal mais consciente a todos!!!'
DanieL SimõeS
Um feliz natal mais consciente a todos!!!'
DanieL SimõeS
Um comentário:
Oi Dani!!!
A imagem escolhida para o texto é simplesmente perfeita!
Beijos
Daniel Simões
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