(...)À tardinha, meu apartamento recende
a qualquer coisa recém tirada do forno.
Aromas reconfortantes de molhos
preparados em fogo brando,
perfumados com manjericão e alecrim,
derramados com afeição
sobre opulentos pratos de massa vistosa.
Eu acredito em eu-te-amos de camomila,
Eu acredito em eu-te-amos de camomila,
maçã e canela.
Acredito em eu-te-amos que saem
de borbulhantes panelas
ou do vapor do ferro de passar.
Eu-te-amos silenciosos e sorridentes,
gentis e educados, corteses, delicados.
Acredito no amor que nutre.
Acredito no amor que nutre.
Que desperta apetites, envolve os sentidos,
alimenta vontades,
sustenta o espírito.
Acredito em ogros
Acredito em ogros
que preparam xícaras de chá delicadas.
Em mulheres fortes e independentes
que perfumam com lavanda lençóis bordados
com as próprias mãos.
E se o amor é paradoxal e caprichoso,
E se o amor é paradoxal e caprichoso,
a delicadeza nas relações é permanência.
(Sobre xícaras de chá e delicadezas -De Onde vem a calma)
Nenhum comentário:
Postar um comentário