domingo, 8 de dezembro de 2013

Raridade


(...)O personagem literário (e sua circunstância) 
é fruto de um ato fotográfico 
como aquele que Walter Benjamin 
concebeu na formulação do inconsciente óptico: 
a fotografia revela algo invisível.
Se toda arte é fotografia, logo, 
a arte é esta revelação de algo não sabido 
e que, no entanto, estava ali. 
A literatura é capaz de revelar algo invisível (...)
É isso que permite dizer que a psicanálise
também é uma leitura do ser humano 
que a literatura desenha em caracteres mais ou menos cifrados.
O dito de que “para um bom leitor meia palavra basta”
vale aqui para as duas esferas.
Problema tanto da psicanálise 
quanto da literatura é que bons leitores são raros.
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