
(...)"Por ser exímio observador,
analisava alguns paradoxos das sociedades modernas
que o perturbavam.
Para ele, nunca a indústria do lazer
foi tão expandida e, no entanto,
o ser humano nunca teve
um humor tão triste e ansioso.
Nunca as pessoas viveram tão adensadas
nos escritórios, nos elevadores,
nas salas de aula, e nunca foram
tão solitárias e caladas sobre si mesmas.
Nunca o conhecimento se multiplicou tanto
em sua época, mas nunca se destruiu de tal
maneira a formação de pensadores.
Jamais a tecnologia deu saltos tão grandes e,
contraditoriamente,
jamais o Homo Sapiens
desenvolveu tantos transtornos psíquicos
e teve tanta dificuldade de se tornar
autor de sua própria história.
O drama desses paradoxos
levou Marco Polo a pensar que,
se a ciência não mudasse seu foco
e vultosas quantias de dinheiro público e privado
não fossem gastos em pesquisas que evitassem
o adoecimento do ser humano
a humanidade implodiria.
(...)
O que mais sufocava sua alma
era este pensamento:
`Se as poderosíssimas indústrias farmacêuticas
dependem da existência de doentes
para vender seus produtos,
qual o interesse que elas têm no desaparecimento deles?`"
(O `Futuro da Humanidade `-capítulo 20 -pág 168 e 169 - Augusto Cury)
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