sexta-feira, 5 de junho de 2009

O Rato e a Ratoeira



Numa planície da Ática, perto de Atenas,

morava um fazendeiro com sua mulher;

ele tinha vários tipos de cultivares, assim como:

oliva, grão de bico, lentilha, vinha, cevada e trigo.

Ele armazenava tudo num paiol dentro de casa,

quando notou que seus cereais e leguminosas,

estavam sendo devoradas pelo rato.

O velho fazendeiro foi a Atenas vender partes

de suas cultivares

e aproveitou para comprar uma ratoeira.

Quando chegou em casa,

adivinha quem estava espreitando?

Um rato,

olhando pelo buraco na parede,

vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote.

Pensou logo no tipo de comida que haveria ali.

Ao descobrir que era uma ratoeira

ficou aterrorizado.

Correu para a esplanada da fazenda

advertindo a todos:

- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa !!

A galinha disse:

- Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso seja

um grande problema para o senhor,

mas não me prejudica em nada, não me incomoda.

O rato foi até o porco e disse:

- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira !

- Desculpe-me Sr. Rato, disse o porco,

mas não há nada que eu possa fazer,

a não ser orar.

Fique tranqüilo

que o Sr. será lembrado nas minhas orações.

O rato dirigiu-se à vaca.

E ela lhe disse:

- O que ? Uma ratoeira ?

Por acaso estou em perigo?

Acho que não !

Então o rato voltou para casa abatido,

para encarar a ratoeira.

Naquela noite ouviu-se um barulho,

como o da ratoeira pegando sua vítima.

A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pego.

No escuro, ela não viu que a ratoeira havia pego

a cauda de uma cobra venenosa.

E a cobra picou a mulher…

O fazendeiro chamou imediatamente o médico,

que avaliou a situação da esposa e disse:

sua mulher está com muita febre e corre perigo.

Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre,

nada melhor que uma canja de galinha.

O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar

o ingrediente principal.

Como a doença da mulher continuava,

os amigos e vizinhos vieram visitá-la.

Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco.

A mulher não melhorou e acabou morrendo.

Muita gente veio para o funeral.

O fazendeiro então sacrificou a vaca,

para alimentar todo aquele povo.

Moral:

“Na próxima vez que você ouvir dizer

que alguém está diante de um problema

e acreditar que o problema não lhe diz respeito,

lembre-se que quando há uma ratoeira na casa,

toda fazenda corre risco.

O problema de um é problema de todos.”

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