domingo, 12 de agosto de 2007

Beringelas e Abobrinhas

Gostaria de ter nascido em uma daquelas épocas em que as famílias moravam em uma mesma casa, em um mesmo lugar, por gerações e gerações.
Gostaria de ter tido essa casa, lá, sempre à minha disposição, esperando o dia de qualquer volta. Eu então viajaria pelos quatro cantos do mundo, em doses homeopáticas, e sempre voltaria e veria os mesmos móveis, a mesma pintura, o mesmo cachorro, a mesma família...
Quero andar, mas também quero repousar. Quero correr em êxtase, mas também quero dormir. Quero falar alto, mas também quero silenciar. Ainda não me acostumei a não voltar. Acho que nem devo. Lá parece um lar. Mas não tem ninguém lá, porque estão todos aqui e em outro lugar.

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