Para sempre, é nada mais nada menos que um dia depois do outro.
Ou seja, é construção.
Em princípio, não existe.
Mas basta que façamos a mesma escolha sucessivamente e teremos construído o ‘para sempre’.
O ‘sempre’ não é magia nem tampouco um tempo que pré-exista.
Ele é conseqüência. Nada mais que conseqüência de uma sucessão de dias, vividos minuto por minuto.
Quanto ao amor, tem gente que acredita que só é de verdade se durar “até que a morte os separe”.
Outras, como o grande Vinícius de Moraes poetizou, apostam no “que seja eterno enquanto dure”.
Nesse caso é de se admirar a coragem de quem vai até o fim, de quem se entrega inteiramente ao que sente, de quem se permite viver aquilo que seu coração pede até que todas as chamas se apaguem.
Mais do que isso: até que as brasas esfriem e – depois de todas as tentativas – nada mais possa ser resgatado do fogo que um dia ardeu...
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